quinta-feira, 26 de maio de 2016

Deus e meu deus


                        
                               




Tenho obsessão pela vida.
Meu álter ego
diz que vivo o momento.
É mentira.
Ponho a morte
que há muito não me amedronta
longe de mim.

Sou cristão
assim fui criado.
Esse é o lugar comum
do pânico com a dor,
do medo do inferno.

Beijava-se a mão do padre
santificava-se o papa
antes e depois da morte.
Ele é um santinho!

Padre sem casamento
é o onanismo na vida.
Filhos, homossexualismo,
pecados em éter.

Fui bom aluno do catecismo.
Fiz a primeira comunhão.
Meu deus é o paradoxo daquele Deus.
Mas rezo na aflição do medo
as duas orações de que não me esqueço.
De sobra,
a essência interrogativa:
a antítese do menino.                                                                                                              

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